Embaixada israelense rebate decisão de Lula em apoiar a acusação de “genocídio” em Gaza

A Embaixada de Israel em Brasília rebateu a decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar a acusação de “genocídio” em Gaza apresentada contra o país na Corte Internacional de Justiça (CIJ), um tribunal das Nações Unidas. O processo foi movido por iniciativa da África do Sul e começou a ser julgado nesta quinta-feira, dia 11, em Haia, na Holanda, principal instância das Nações Unidas na área judicial. É responsável por julgar disputas entre Estados.

A embaixada israelense disse, em nota enviada ao Estadão, que o presidente Lula deveria levar em consideração as definições de genocídio e a “intenção” ou não de matar deliberadamente civis que não estavam envolvidos na guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Embaixada israelense rebate decisão de Lula em apoiar a acusação de
Lula e embaixador da Palestina do Brasil, Ibrahin Alzaben

Cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas no território israelense pelo Hamas. Ao apoiar a denúncia por genocídio contra Israel, portanto, o Brasil alinha-se formalmente ao Hamas, o que certamente não é a melhor forma de contribuir para o fim dos bombardeios em Gaza.

Para o Hamas, judeu bom é judeu morto por qualquer um. O grupo terrorista quer eliminar todos os judeus israelenses e varrer do mapa o estado judaico. A definição de genocídio cabe perfeitamente é para o Hamas, mas a esquerda inteira, no seu antissetimismo travestido de antissionismo, prefere culpar Israel por um crime que o país — o único democrático no Oriente Médio — não está cometendo.

Relação abalada

Desde o ano passado, as declarações de Lula contra Israel, geraram desgaste diplomático com o país e com outros parceiros do Brasil no Ocidente, como os Estados Unidos.

CONIB CRITICA

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) criticou a decisão do Brasil de apoiar a ação da África do Sul. Segundo a entidade, que representa a comunidade judaica do Brasil, a ação do governo afasta o Brasil da posição de “equilíbrio e moderação” tradicional da política externa brasileira.

“O conflito atual começou depois das atrocidades dos terroristas do Hamas contra a população de Israel, que matou indiscriminada e barbaramente mais de 1.200 pessoas, no ataque mais mortal contra o povo judeu desde o Holocausto. Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele, sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo de exterminar Israel e os judeus“, diz a confederação.

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