Deputado Silvio Antonio repudia homenagem ao MST na Câmara Federal

Deputados da oposição travaram embates com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma sessão de homenagem aos 40 anos da organização, realizada nesta quarta-feira, 28, no plenário da Câmara dos Deputados. Os parlamentares chamaram o movimento de “criminoso” e receberam vaias e gritos como reação.
Maior bancada do Congresso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) repudiou a sessão solene.
O deputado federal Silvio Antonio (PL-MA), foi um dos que assinaram nota de repúdio contra a homenagem ao MST e diz ser a favor da reforma agraria realizada pelo governo federal.
No plenário, o deputado Ricardo Salles afirmou que “achados” da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, “não trazem motivo para comemoração”. Na CPI, Salles propôs o indiciamento de líderes do movimento e de autoridades ligadas ao governo Lula, mas não teve seu relatório votado.
“Nós viajamos para diversos estados e o que vimos nos assentamentos e acampamentos foi uma miséria generalizada, um modelo que não deu certo, visão em que a grande maioria foram para o campo para viver a miséria, sem educação, esgoto, saúde, sem uma série de requisitos básicos”, disse.

De acordo com Alceu Moreira (MDB), deputado federal e ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o MST não defende a reforma agrária, defende o uso de família como massa de manobra política e isso jamais pode ser objeto de defesa ou homenagem.
“Todos sabem que aqui nesta casa tem um conjunto de parlamentares que desejam que o país tenha paz e que todos que precisam da terra para trabalhar tenham esse recurso. Então eu digo ao MST: “se quiserem reforma agrária, nós somos favoráveis. e isso eu nunca vou apoiar, homenagear ou ajudar”, afirmou.
Segundo o deputado Evair de Melo (PP-ES), a bancada vai seguir com o enfrentamento às invasões de terras e aos movimentos que promovem a destruição do país, tanto nas áreas rurais quanto nas grandes cidades. “Não vamos admitir o desrespeito ao direito de propriedade. Vamos honras homens e mulheres que levantaram cedo e construíram seus patrimônios. É um movimento terrorista brasileiro e não vamos fugir desse debate”, disse.